sábado, 5 de fevereiro de 2011

Minha Vida Como Liz - Cap. 6


Capítulo VI

Desde aquele dia eu sentia que eu devia esquecê-lo porque eu tinha a certeza que eu não era a garota certa para ele, eu tentava fugir desses sentimentos, mas quando parecia distante o suficiente eu me via perdida em meu próprio desespero, Eu havia me habituado ao amor árduo, em que não importa quão rápido você corra, você sempre está preso no ponto de partida, cansado de tudo isso.

Então, como qualquer outra garota eu acabei deixando essa idéia maluca de lado e continuei gostando dele. Todos os dias finais que se seguiram ele sentava no mesmo banco no final das aulas, e todos esses dias eu o observava em silêncio, eu não tinha desistido de gostar dele, mas definitivamente sentia que não deveria conversar com ele, pois talvez isso me machucasse mais.

Surpreendentemente na sexta feira ele não estava lá, me debrucei na grade procurando entre as multidões de pessoas um sinal dele, mas parecia que ele não estava lá, quando me virei trombei com ele novamente e o antigo nervosismo me perseguia, perto dele não conseguia ser a garota que eu era, talvez porque eu estava escondendo meus sentimentos.

- Você está bem? - perguntou ele, e isso fez com que eu ficasse vermelha, para uma garota quando o garoto que você gosta parece demonstrar que se importa com você é como se nada mais no mundo existisse e você realmente se sente importante, afinal que garota não quer ter a sensação de ser amada? Eu era assim, até descobrir que essa sensação pode ser o oposto do que eu queria.

- Err.. eu estava apenas... esperando uma pessoa. - pronto, falei algo que realmente me arrependi depois, é lógico que eu estava esperando uma pessoa, e essa pessoa estava bem na minha frente e obviamente ele pensava que eu estava esperando outra pessoa, não era bem isso que eu queria... então ele respondeu friamente - Entendo, nos vemos por aí. - E saiu, dessa vez eu que tinha cortado o assunto, ele estava ali na minha frente falando comigo e ao invés de falar com ele eu fiz com que ele fosse embora.

Sabe, quando parece que quanto mais próximos estamos de uma pessoa mais distantes estamos? Eu me sentia exatamente assim e parecia que isso me machucava mais, eu queria poder abraçá-lo naquele momento, mas queria que ele gostasse de mim, eu era do tipo de pessoa que não me conformava em amar sem ser amada e não das pessoas que não se importavam com isso para andarem abraçadas com garotos e talvez fosse essa qualidade que me destacava e me excluía daquela sociedade.

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