domingo, 31 de agosto de 2014

Estou no meu . Final ponto


Liz

domingo, 24 de agosto de 2014

Solilóquio

   Hoje me atentei aos detalhes do lapso de comunicação e em como todos sempre tem muito a dizer e pouco a ouvir. Praticamente ninguém nunca se dispõe a aguçar os ouvidos pro que o outro tem a dizer e sutilmente as conversas viram meros discursos banais e insossos que, em um próximo momento, ninguem mais dialoga. Nos atentamos aos discursos corriqueiros e isso nos frustra. A atenção não está nas palavras.
   Todos consentiriam com a nova forma do fascismo cosmético sem mesmo saber do que o assunto se trata. Logo mais a sinceridade se torna inconveniente, a forma de pensar e o que se é acaba se perdendo no processo do esvaziamento. A opinião se torna ofensa e a sinceridade um disparate pra guerra. Na totalidade todos acabam perdendo durante o processo ainda que haja um vencedor.
    As discussões ideológicas despertam o ódio ao invés da mudança ainda que instiguem o necessário. Olhamos para pessoas com medo de feri-las com palavras porque nos importamos, e no fim os sacrifícios viram mártir pra nós mesmos. Ninguém se importa com a importância dada. Ninguém se importa com as palavras e nem com o poder do diálogo, ninguém busca por respostas e nem mesmo por sentimentos. Ninguém se dispõe a sair da condição masoquista pra pensar em algo que não se resuma a si mesmo e na dor abstrata egocêntrica. Ninguém mais arrisca demonstrar o que sente ou ter a veemência da sinceridade.
   Os poucos que o fazem estão perdendo a comunicação, entrando em extinção. Há o medo que permeia a instabilidade e me faz voltar pra caverna, para posteriormente reunir forças pra tentar sair e buscar novamente um ponto de esperança. A angústia que coexiste com nossos dias é apenas resultante da melancolia que nós mesmos criamos. Há quem busque algo a mais e isso sempre será admirável, mas já esperar demais se torna um martírio inconveniente enquanto sobrevivemos de esmolas.


Andressa Liz

domingo, 17 de agosto de 2014

A few words to say how I feel

If I could just stare at the mirror
and see trhough the broken glass
I would like to say that you
Is still what I have left

But if things always change
You and I have changed too
But I know, besides strange
That is the same what I feel for you

And if someday we finally met
I would just stand and look your eyes
Because I know that I can't forget
That you are near but are not mine.



Andressa Liz

sábado, 9 de agosto de 2014

O Silêncio

Nada mais que um
agudo de dor,
transtorno em vão,
suplício na alma
Vejo a mentira nos nossos olhos
enganar os espelhos
mas tirar-nos a calma
e trair-nos os beijos,
no lacônico furor da despedida,
os claros desejos da noite
enquanto escura desmedida
pedem por silêncio.
Observo a traição dos meus olhos
no reflexo vazio da lástima
pesar concreto de lágrima
a estatelar muda no chão.
O reflexo nos teus olhos
era o fogo ardendo em mim,
agrura de paixão.
É silencioso, o fim.
Silêncio.




Andressa Liz