quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A Arte para mim

A Arte é muito mais do que apenas arte, é crítica, é reflexão, é expressão, é comunicação. Só não vê a arte quem não quer ver, quem quer manter os olhos fechados ou quem é induzido a tê-los, tanto por questão social, por não ter acesso, quanto por hipocrisia. É importante sim, porque vivemos dela ou trabalhamos para dela usufruir, é história, presente, passado e futuro, é tudo em uma coisa só, é o apelo humano da expressão de ser e a solução para todos os problemas do mundo.

Andressa Liz

terça-feira, 27 de agosto de 2013

I know what's real inside of me, I am what I wanted to be
I know exaclty what I need, even if it's not here
I chose to keep the good, that's what I want to see
I don't need anything back
I can survive into the darkness
I believe in myself and I'm happy for that
Wishing the best for you and for me
While you just see mountains
I say that I am the sea.

Andressa Liz

sábado, 24 de agosto de 2013

Obrigada

Lembro-me como ontem do dia em que te conheci, discutíamos política
E do dia em que bêbado me trouxe um discurso que dizia me amar.
Eu acreditei.
Te escrevi uma carta, nunca recebi uma de volta.
Te liguei pra mostrar coragem, ainda que relutante.
Falamos sobre chá.
Eram horas diárias no telefone
Madrugadas de música e poesia
Lembro-me que me falava de Foucault e Sartre
Trocávamos histórias, na verdade eu dizia fatos e tu me contava histórias
Tu me contava do teu passado, do teu cachorro
Era minimalista, era louco
Comentávamos as "loucuras e burrices" diárias depois do vídeo do Caetano
Gostávamos de Leminski, Aznavour, Cinema
Tu meio a esmo tocava Damien Rice
Afogava mágoas em copos de uísque
Eu me preocupava.
Lembro-me de quando me ligava quando nossa ligação caía e quando se preocupava.
Falávamos de calorias negativas e de ingredientes para se fazer uma rabanada.
Tu odiava morangos.
Admirava teu carinho pelo teu cachorro, também te apresentei o meu.
Tu me olhava e ficava em silêncio, segundos depois dizia que eu era linda
Espontâneo dizia me amar, eu ficava sem reação.
Falava francês.
Te contei dos meus problemas, enquanto abria o coração para me acolher
Te liguei ao meio dia e contamos piadas
No mesmo dia comprei Metamorfose, de tanto tu mencionar Kafka
Ri de todas as tuas piadas toscas, tu contava muito bem
E distante tu ficava, mas eu sempre tinha de procurá-lo
Era mania, era rotina
Mas atualmente são apenas lembranças
Da tua voz, do teu sorriso, de tudo que era teu
Tudo que me lembrava o quão boa tu me tornava
Virou passado, virou pensamento.
Virou apenas meu pensamento
Trocávamos palavras brutas.
Tu sumiu.
E eu aqui, escrevendo isso.
Minimalista, porque todo o resto não importa.
Se nesse tempo de uma vida estivermos sempre incomunicáveis
Que as últimas palavras que eu fale de ti sejam de agradecimento
Sou grata por ter me feito capaz de amar.

Andressa Liz

Silêncio

Não são necessários discursos enormes,
Somente sentimentos enormes
que não se explicam com muitas palavras,
na verdade, não se explicam com nenhuma
e em suma que aqui dentro fique guardado o silêncio.


Andressa Liz

Chá

Quero tomar um chá,
chá de sumiço
dessa vida
onde só encontro desencontros
totalmente perdida.


Andressa Liz

domingo, 18 de agosto de 2013

Pseudo Soneto de Amor

Encontro sempre um tempo
para encontrar-te,
Mesmo que tempo me falte
E o real fuja do meu pensar.

Encontro sempre a saudade,
Pseudônimo do teu nome,
Tão rápido quanto encontra a fome,
Ansiando teus lábios beijar.

E entre as penumbras da noite infinita
Forte como as ondas meu peito grita
E o céu se funde ao escuro mar

Noites de lua cheia e branda
Da escuridão sem ti exageradamente infanda
Perco-me no vazio por não mais te enxergar.

Andressa Liz

sábado, 17 de agosto de 2013

Faço Arte

Faço arte
Sou arteira,
Sou artista
Marca Bobeira
Quem não arrisca.

Andressa Liz

domingo, 4 de agosto de 2013

A Morte

Estou um caso sério comigo mesma
De problema e caos
E me dizem sempre:
"Dê tempo ao tempo,
Ocupe sua mente!"
Mas a gente não entende
O que se passa
O que se sente.
Esperar não é tão simples quanto penso
Uma agonia incessante
Que não consigo digerir durante minhas refeições
Alimentando dores, amores, saudades
Doente de tantas intoxicações.

Vago por aí
Pelas ruas sob o céu noturno
Afogando mágoas em copos de uísque
de sofrimento torturante soturno
Andando lado a lado com a Morte
Que mata tudo exceto sentimentos
Deixando fantasmas a vagar
Nas ruas da minha vida,
E eu com medo de em alguma esquina
Ela me levar.


Andressa Liz

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Poemas

São palavras mastigadas
E cuspidas nas madrugadas,
Escritas e não faladas
Em uma estrada de mão só
Inacabada.


Andressa Liz