terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Não posso me atrever...

Não posso me atrever a sentir por você mais do que já sinto, pois eu tenho medo de que no fim tudo isso me leve às velhas desilusões e fracassos, o que na verdade já é evidente.
As dúvidas e incertezas que me deixa são sem dúvidas mais difíceis de suportar enquanto eu vou tendo cada vez mais certeza do que sinto. Me sinto estúpida.
Me limito a dizer em três pontos o que deveria ser um grito desesperado implorando que demonstrasse algum sinal de que significo algo, mas a quem estou tentando enganar? É claro que não deve sentir e nem o culpo por isso.
Tudo o que me lembro de você, nas poucas vezes que o vi são umas das melhores imagens que vi nesse ano cheio de péssimos acontecimentos, era a imagem do seu sorriso. Lembro também das suas palavras acolhedoras que citavam "saudade" de uma forma bem sutil, mas que foram gravadas na minha mente e aqui residem até hoje.
Não poderia deixar de lado que a melhor coisa que aconteceu a mim este ano foi graças a você, meio que sem querer, mas o "presente" que me deu sem dúvidas alegrou minha vida.
Me sinto péssima por ter exposto meus sentimentos de novo, mas já não sei a quem recorrer, parece que algumas coisas nunca mudam em mim. Eu sinto a necessidade de vê-lo feliz e sentia também a necessidade de poder fazê-lo feliz, mas a verdade é que não posso quando na realidade não é isso o que quer.
Eu devo admitir que as pessoas como você me atraem, não sei ao certo o motivo, talvez eu goste de sofrer ou talvez porque você seja o tipo de pessoa que arrisco a tentar amar, mesmo sabendo que isso possa significar a minha ruína.

Liz

Vontade de desistir.

Talvez um dos meus maiores erros foi saber amar demais, gostar demais, me apegar demais, culpo toda a minha intensidade pelo que eu sou hoje, talvez eu até me orgulhe disso de alguma forma, mas admito que não me faz bem em nenhum momento.
Devo dizer que cansei de procurar nos lugares errados e até mesmo nos lugares que achei serem certos aquilo que nunca poderiam retribuir, a falha é minha, admito.
Devo dizer também que amar demais as pessoas alimenta as dores e engrandece os medos.
Paixões destroem sonhos e partem corações, nos torna fracos e sem saída procuramos desesperadamente por algo que talvez nunca teremos de volta.
É tudo que nos resta, sonhos despedaçados e cansaço dos frustrantes fracassos da vida. As pessoas no fim parecem não se importarem e nem dão a importância que damos a elas.
 A vontade que nos resta é desistir de tudo, pois não há nada mais frustrante do que nunca sermos bons para ninguém, de pensarmos todas as vezes que poderia ser diferente quando na verdade é sempre a mesma coisa.


Liz.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Gostaria...


Apenas gostaria de segurar suas mãos, ou passar as noites de sexta com você. Gostaria de sentir a brisa fresca do anoitecer com os seus braços ao meu redor, fazer chocolate quente e deitar em baixo das suas cobertas. Gostaria de dormir nos seus braços e acordar olhando nos seus olhos, sentir sua respiração sobre minha pele e sorrir ao toque dos seus beijos no meu ombro e nos meus braços. Gostaria de roubar seus beijos e sorrisos e atrair seus olhares com meu sorriso, de me perder em você quando estiver perdido em mim e de prender seus lábios nos meus por longos segundos. Gostaria de sair correndo na chuva com você e te beijar, de sentir o teu perfume ao te abraçar, de rir ao som da sua risada e de receber seus beijos na testa ao se despedir. Gostaria de pertencer aos seus dias como pertence aos meus, de significar na sua vida o que significa na minha. Gostaria de dizer eu te amo baixinho no seu ouvido e receber um "eu te amo mais", de abraçar você forte e dizer para ficar comigo sempre, não me abandonar jamais.

Andressa Liz

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Rotineiro


Eu vos contaria outra história se tivesse outra história para contar, ultimamente tudo que tenha saído da rotina e do usual acabou sendo catastroficamente entediante. É uma lástima o tédio dos dias que prosseguem e das dúvidas incessantes que persistem em existir, as contradições continuam deixando as palavras, tanto ditas quanto não ditas parecerem não ter mais significado algum. Ás vezes a calmaria é boa, as vezes o vazio nos dá uma paz, mas outras vezes eles nos faz sentir completamente sós e nos dói. Afinal poderíamos esperar por toda uma vida repleta de vazios que algo bom pudesse acontecer? Como se as histórias continuassem a se repetir e os novos acontecimentos fossem se tornando cada vez mais rotineiros e usuais, o novo torna-se velho e já não há mais histórias a se contar.

Andressa Liz

domingo, 9 de dezembro de 2012

Mais Objetivismo

Gostaria de poder amar novamente da forma como eu sabia amar as pessoas antes. É como se cada decepção estivesse aos poucos criando um escudo em mim contra o amor, contra amar.
Sempre condenei a intensidade pela forma como me fazia sentir, tanto a respeito de coisas boas quanto das coisas ruins, devo dizer agora que o que me traduz é a imparcialidade e talvez até um pouco do medo de arriscar tudo novamente.
Passei tanto tempo dando um amor que nunca podia receber de volta, passei tanto tempo me decepcionando e criando pesadelos diários em meus sonhos que acabei esquecendo das boas coisas. Já não sou mais tão poética como antes e até já me esqueci como utilizar as palavras bonitas, já não aprecio tanto os textos melosos ou os floreios que enchiam meus textos de subjetividade, estou cada vez mais adepta da objetividade e da razão, como a transição do romantismo para o realismo, não que eu tenha de fato desistido de tudo, mas diria que estou em transição do meu próprio mundo para a realidade.

Andressa Liz

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Por Um Brasil Realmente Independente

    Está implícito durante toda a história do Brasil que a independência política brasileira foi um “arranjo político-econômico”, o que implicou uma acirrada luta social. Várias camadas disputavam a liderança com o desejo de imprimir ao movimento libertador o sentido mais conveniente para cada uma. No final como esperado a cama social vencedora foi a aristocracia rural dos grandes proprietários escravistas, o que implicaria mais tarde na situação política atual do nosso país.
     O “Brasil” desde 1500 foi um território de exploração da corte portuguesa, com o objetivo único e exclusivo de abastecer a metrópole e a enriquecer. O fato de o Brasil ter sido colônia até o fim do século XVIII justifica a atual situação político-econômica do país, sendo que enquanto outros países enriqueciam desde aquela época até os dias atuais, o Brasil servia como fonte de enriquecimento até o dia em que “conseguiu” libertar-se da metrópole, também por finalidades econômicas.
     A libertação da metrópole também não foi algo fácil de se obter, foi através de muitas revoltas, tanto aristocratas quanto populares, que a população brasileira conseguiu romper com parte desses vínculos com a corte portuguesa. Enquanto os aristocratas visavam a expansão econômica e seu próprio enriquecimento sem a dependência da metrópole, o que significaria o rompimento com a corte portuguesa, a maior parte da população, constituída pelas camadas populares lutavam por melhorias nas condições de vida e para sair da miséria, uma das principais consequências da exploração colonial. Apesar dos propósitos diferenciados, tanto a camada aristocrata quanto popular tinham o mesmo objetivo de romper com a metrópole, e apesar de muitas mortes e divergências sociais esse rompimento foi obtido. Com a vitória e influência significativa da camada mais rica o desenvolvimento e ampliação do comércio capitalista eram iminentes.
     Consequentemente a independência do Brasil, mais tarde também não ocorreu como consequência da miséria e péssimas condições de vida da população, e sim com a finalidade de expandir ainda mais o comércio e a economia capitalista, o que explicaria o motivo da independência poder ser considerado um arranjo “político-econômico”. Não mais atrelada ao monopólio comercial e ao antigo pacto colonial os comerciantes puderam viver um tempo de prosperidade material nunca vivida durante o período exploratório da metrópole, onde a liberdade já era sentida nos bolsos da elite nacional.
      Embora a situação tenha melhorado economicamente para parte da população, a maioria ainda vivia em situação de miséria, e o Brasil ainda dependia economicamente de outros países, tal dependência que podemos ver perdurar até hoje, sem mencionar a monarquia e o governo absolutista português que regeu o país durante um tempo considerável, a partir disso podemos pensar, seria o Brasil um país realmente independente?
       Até os dias atuais podemos nos questionar a respeito da independência do Brasil, que embora tenha desenvolvido vigorosamente a economia, ainda conservou muitos problemas da época colonial que teve como consequência o aumento da dívida externa, uma industrialização tardia e assim uma dependência tecnológica se comparado a países considerados desenvolvidos, sem mencionar a enorme exclusão social de grande parte da população e preconceitos raciais contra descendentes africanos.
       Não podemos culpar a todos pelo precário desenvolvimento social do país, cujos problemas começaram desde a época colonial e agravaram-se ao longo dos anos, tanto durante o período regencial como republicano onde, não obstante, a criação de uma democracia e a tentativa da maior participação das camadas populares em questões políticas não impulsionou uma melhoria nos problemas de caráter social, mas sim o agravamento destes, por diversas causas que estão inseridas dentro do contexto de subdesenvolvimento. No entanto é importante a comparação realizada entre o período de independência e a situação atual do nosso país, para nossa maior compreensão e melhorias em nosso poder crítico quando se trata de questões políticas do país, as quais não podemos ignorar.
       Vivemos em um país resignado ao poderio de grandes nações de influência mundial, país que enriqueceu estas enquanto empobrecia tendo de sustentar uma população maior do que podia sustentar, população que lutou pelos seus direitos e luta até hoje e que poderia nos passar a imagem de um país que resistiu bravamente em favor do seu reconhecimento e resiste até hoje, tal como devemos continuar fazendo. Embora com um governo ainda impregnado por antigas corrupções, ainda há a possibilidade de uma melhoria nos âmbitos sociais na qual ainda podemos acreditar em meio ao ápice da expansão capitalista.  

por Andressa Liz

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Amar o "errado"

E Hoje eu o olhei com outros olhos, olhei com um pouco de desdém, fitei a hipocrisia nos pequenos detalhes e a indiferença pelas palavras que foram ditas, vi que eu estava destinada a cometer mais um erro na minha vida e que essas noites de insônia podem significar minha ruína daqui a um certo tempo.
Enquanto vejo as horas passarem e ao mesmo tempo não passarem, observo tudo que talvez tenha alguma relação com você, paro e reflito em tudo que aconteceu até agora e devo admitir que a falha também é minha por sentir demais e ser intensa demais quando deveria ser suficientemente forte para controlar meus sentimentos, mas mesmo assim você é o culpado de tudo.
E mesmo depois de tudo, devo ter a coragem de admitir que o que me atrai mesmo é o diferente e o que parece ser errado, o difícil ou talvez impossível, não importa quantos forem os erros, não importa a minha continuidade em errar por amar-te demais, eu escolhi isso e devo arcar com as consequências embora tudo que nos resta algumas vezes é a vontade de desistir de tudo e desabar.

Andressa Liz

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

É mais que amor


Não é amor não. É mais que isso, é mais que amor. Porque pra te amar mais, eu tenho que te amar menos. Porque pra morrer de amor por você, eu tive que não morrer. Porque pra ter você por perto um pouco, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre. E eu soquei meu coração até ele diminuir. Só pra você nunca se assustar com o tamanho.

Tati Bernardi

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Amar-te

E o meu amor é mais que sincero
É por isso que lhe espero
Recolhida em meus cantos
As vezes feliz, as vezes em prantos

E teu sorriso é mais que belo
É por isso que lhe quero
Como perfeita companhia
Nesta noite escura e fria

E o tempo me consome
Não sinto a dor e nem a fome
E neste pensamento eloquente
Tento matar-te em minha mente

Sem sucesso eu desisto
Em amar-te ainda insisto.
A esperança sempre persiste
Quando o amor realmente existe.

Andressa Liz

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Não se Pode Cruzar o Oceano a Nado

É apenas o começo, mas porque já sinto como se fossem os últimos dias? É como sentir aquele cheiro de chuva da primavera, tão suave que logo depois rompe em tempestades devastadoras e levam tudo, como levar um pedaço das lembranças em cada temporal e preencher com água e impurezas, logo a água evapora.
Chega a ser doce a forma como o veneno penetra no nosso corpo, até que se espalhe e traga consequências devastadoras, nos deixa doentes e nos vicia como droga, é fatal e sem cura.
Talvez muito digam que no final não vale a pena ou que já não é certo, se entregar demais nunca é o certo, porque seria então o amor algo bom? Pensa-se que é bom, mas o doce sabor nos traga como as ondas do mar, nos ilude, nos engole e nos afoga, nos deixa felizes até percebermos que é tarde demais para voltar atrás, não se pode voltar à costa a nado, não se pode enfrentar as ondas que nos afogam mais e chegamos ao fim da linha e das opções, pois também não se pode cruzar o oceano a nado.


Andressa Liz


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

E o que seria a beleza?


A beleza não está no visto, ouvido ou falado, está no que é sentido, imaginado, desejado, não na estética ou simetria e sim na intensidade e até às vezes no exagero, o que é bonito está na intensidade do sentir, do olhar e do sorrir.
A beleza vai muito além de padrões estéticos.
A beleza está na sutileza dos detalhes, nas curvas de cada sorriso e não no exagero da imagem e nas curvas de um corpo. A Beleza está nos olhos de quem quer enxergar além do superficial.
A beleza está na imaginação, naquilo que tanto queremos e desejamos, daquilo que mais apreciamos, está no excêntrico e único e não aos olhos de todo mundo.
A beleza está no amanhecer ao alvorecer, nas menores coisas e nas mais simples, está no sentir, no viver, nos olhos de quem realmente vê.

                                                                       
Andressa Liz

sábado, 11 de agosto de 2012

Gostar


O verbo gostar pode ser classificado por diferentes pessoas. Eu gosto, tu gostas, ele, ela, nós… Gostar é algo tão comum que não compete a um determinado grupo ou tipo de pessoas. Existem diversos sintomas, às vezes os piores possíveis, não há como escapar. Quanto mais tentares escapar, mais as garras de um determinado sentimento irá te prender. Não engane-se e não cometa este erro com o próximo. Não julgue antes da convivência, não sinta antes da certeza. Sofrer é tão optativo quanto amar. Dentre os sintomas, o pior de todos é a saudade. Sentimos falta até mesmo em imaginar a partida, só em desviar o olhar, faz falta. Talvez trate-se de uma doença, uma loucura. A cura não é exata, pois um médico não será o teu bem-amado, não terá um medicamento que sacie o desejo, não há como clonar quem gostamos e muito menos injetar o “gênio da correspondência”. Cada suspiro denuncia um novo desejo. Suspiro ao perceber sua presença ou quando decido criar coragem. Suspiro quando lembro do teu beijo e quando volto para a realidade. Evitei sentir, evitei gostar, mas existia algo ainda mais forte do que eu. Existia você.

Thaís Lacerda

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A Cada Dia Que Vivo


A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

Carlos Drummond de Andrade

Dias Tristes


Dias tristes, vontade de fazer nada, só dormir. Dormir porque o mundo dos sonhos é melhor, porque meus desejos valem de algo, dormir porque não há tormentos enquanto sonho, e eu posso tornar tudo realidade.

Caio Fernando Abreu

terça-feira, 17 de julho de 2012

Pequenos Versos


Odeio a falta que você me faz
E a saudade que você me traz
O fogo em teus olhos voraz
Tenta-me a amar-te cada vez mais

Andressa Liz

Amor Imprestável


Nenhum dia sequer passa sem que uma mensagem chegue para mim, nela escrita um oi seu ou qualquer outra frase estúpida sua, e nenhum dia sequer passa sem que isso fique gravado na minha mente, você, as lembranças, o abraço, o cheiro, parecem que se revivem e tornam-se presentes agora, mesmo a milhas de distância.
É um imprestável, as vezes me parece estúpido, mas de que adianta eu utilizar más palavras para descrevê-lo quando na verdade eu sinto ternura em pronunciá-las? Talvez eu seja isso mesmo, um pouco contraditória, gosto de coisas doces e amargas, ternura e acidez e no fim acabo aceitando suas frases medíocres e seu jeito desenfreado.
E cá estou confusa de todos os meus sentimentos, tentando tirar você da minha cabeça em suas melhores imagens, talvez fantasiando alguém que não exista dentro de você ou então enxergando também o lado bom de tudo que conheci.
Meus dias resumem-se nisso, em jogos de palavras ou indiretas, cada vez sem perceber me atirando mais na rede que não quero cair, daí minha contradição. Pelo menos, cada vez mais sinto que talvez você esteja ficando tão perdido quanto eu.

Andressa Liz

sábado, 14 de julho de 2012

Immortelle


Se as palavras são marcas
Eu marcarei minha pele
com aquelas que não são ditas
E porque nada te apaga,
Eu guardarei este mal
se é apenas ele que resta...
Estará tudo bem ao dizer pra mim
que nada valeu a pena...
Todo este "nada" é meu!
Para que pode me servir
encontrar o destino
se ele não me leva à você?

Lara Fabian

terça-feira, 19 de junho de 2012

Poupe suas palavras


É difícil algumas vezes evitar floreios em meio às minhas palavras, eu tenho essa tendência sabe, de pacificar tudo, de  não querer perder nada, mas venho aprendendo que por mais que queiramos mudar algo, não se pode alterar o passado e embora os sentimentos das pessoas mudem, os meus prevalecem os mesmos, portanto minhas palavras frias podem ser difíceis de serem lidas, mas ao menos são sensatas.  Eu adoraria escolher a opção de não machucar ninguém, mas não tenho essa opção, e eu era a pessoa que julgava quebrar o coração de alguém um crime inafiançável, mas agora sei também que esse crime todos nós cometemos.
Portanto peço-lhe tempo, peço-lhe espaço, peço que me deixe seguir minha vida, que me deixe com meus pensamentos, que não tente falar nada bonito ou exacerbadamente platônico, por favor, poupe-me de tristeza e poupe suas palavras, eu já sei o bastante.

Andressa Liz

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Não nasci para ser adequada



"Não nasci para ser adequada, coerente, adorável. Nasci para ser gente. Para sentir de verdade. Tenho vocação para transparências e não preciso ser interessante o tempo todo. Por isso, não espere que eu supere as suas expectativas: às vezes, nem eu supero as minhas."

Marla de Queiroz

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Quem sabe

E olha só como o passado parece vir a tona e de uma vez só. O passado em que apenas eu amava e apenas eu sofria, parece que quanto mais o lembro, mais o encaixo em meu presente. Dessa vez reciprocidade não foi suficiente, nem mesmo novas tentativas, quando amamos, amamos mesmo, com todas as forças e não podemos parar.
Sim, acredito que o sentimento possa mudar de foco, mas não deixamos de amar quem realmente amamos no passado, de fato prefiro guardar em pequenas repartições do meu coração aqueles amores sem solução, mas para outros tenho esperança ainda, que mesmo causando turbulências, talvez daqui a um tempo... quem sabe.

Andressa Liz

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Confusão


Confusão seria apenas uma palavra que não descreveria ao certo o que se passa em meus pensamentos, loucura, mera loucura. sinto-me culpada por erros que precedi e sucedi , prisioneira de meus devaneios inconsequentes e de outros olhos eloquentes que atarracaram minhas já incertas decisões.
Devo me dar ao luxo de uma certeza imensa que ascende dentre as penumbras e falhas tentativas de mascarar os fatos, devo entregar-me ao que flui incessantemente e o fiz.
Admito que a pressa seja o maior erro, que as certezas vem com o tempo, que quando se é certo, deve-se abertamente expor, e novamente o fiz, mas já com a incerteza de que não seria outro erro e sim um alívio precipitado.
O tempo nos ensina, o conhecimento é adquirido com o tempo, os sentimentos crescem com o tempo, o que flui pode e pode não ser perene, quando é, sabemos... e agora tenho minhas certezas e embora as dúvidas não passem de medos, o maior deles continua sendo o medo da dor e da destruição.

Andressa Liz

domingo, 29 de abril de 2012

Não busque entender minhas metades



E enquanto você me falava coisas bonitas, eu sentia um aperto no corção, talvez por ser mais do que eu esperava.

Não sou sempre fofa, amável ou meiga, posso ser fria, intensa demais, inconsequente e até mesmo demasiadamente pessimista e inconstante.
Não busque entender minhas metades e é em vão entender-me por inteiro, busque apenas sentir com a alma o mais belo dos sentimentos da forma como também posso sentir, tenha certeza do bem que me faz, mas jamais tenha certeza por minhas palavras ou por meus sentimentos, como eu disse, eles são demasiadamente pessimistas e inconstantes.

Andressa Liz

terça-feira, 24 de abril de 2012

Medo

Ora mundano, ora permanente, ora indecifrável, ora invariável, ora nos indica receio, ora nos indica anseio e tendo como sua ênfase o pavor, oriundo de vivência, experiência, incerteza.
Mas medo de quê? De tudo que não nos convém ou que em incessante crescimento nos trás desespero, de amar, de sofrer,  a sujeitar-se, impor-se, criticar-se, de ser.
Mas de ser o quê? De ser aquilo que é, aquilo que foi, aquilo que será e aquilo que querem que seja, de moldar-se, formar-se, desformar-se, de necessitar e não ter.
Mas não ter o quê? O necessário para se viver, dinheiro, riqueza, o poder. Ou no caso dos valores mais intrínsecos, o amor, o conhecimento, a própria e dita felicidade ou até mesmo a experiência, a vivência, a vida.
E o que me diz da vida? A vida é seu próprio conjunto de experiências, realizações, é viver por você, viver por amor, viver para quase morrer várias vezes, viver da alma. É viver para ter, viver para ser e viver para ter medo e assim vencê-lo quando for preciso.

Andressa Liz

terça-feira, 10 de abril de 2012

É fácil


"É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."

Fernando Pessoa

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O que falta agora


Sabe o que falta agora? Seus lábios nos meus, seu abraço terno e apertado, seu sorriso lindo e seu jeito todo fofo e convidativo, agora você me tem nas palmas de suas mãos. Como não tenho paciência, não quero esperar um dia ou dois para te ver, quero que você esteja comigo em cada minuto, quero você apenas para mim.
Pode me chamar de carente, possessiva, ciumenta, mas acima de tudo sou uma apaixonada.
Não vou mais esperar pela sua boca tão convidativa, nem o marcante cheiro do seu perfume, não vou mais resistir a apenas um abraço nas despedidas, quero você agora.

Andressa Liz

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Veracidade


As pessoas enganam, e enganam muito bem. Não é possível confiar na maioria dos sorrisos, dos beijos, dos abraços. Não se pode confiar no aconchego das palavras mais bonitas ou dos elogios mais agradáveis.
Conforme o tempo passa, as pessoas se habituam cada vez mais à sentimentos falsos, às ditas mentiras, se entregam ao superficial e esquecem-se do verdadeiro, daquilo que elas realmente sentem.
Poupe-me de metades, superficialidades ou palavras meio certas ou meio incertas, é tudo ou nada. Não me importa aquilo que é superficial, não me importa o mais belo elogio ou a crítica mais fútil quando ditos da boca pra fora.
Portanto se sente algo, sinta com o coração, sinta a veracidade dos seus sentimentos. Não se entregue a todos ou a alguém pela metade, entregue-se à quem julga merecer, mas apenas entregue-se se estiver certo de que é real o que se sente. Prefiro que as pessoas engulam sua mentira, falsidade e superficialidade, que abram a boca para falar sinceridades e que também não apenas falem, como também provem que é verdade aquilo que dizem com ações e atitudes.

Andressa Liz

segunda-feira, 26 de março de 2012

Tirania


Quão tirano dos corações poderia ser o amor? O amor que jaz nos recônditos de um profundo mártir que proclama sua derrota, sob lágrimas incessantes e ao mesmo tempo nenhum som.
O que acontece nos interiores confusos e arrasados, dentre súplicas, anseios, perguntas sem respostas condizentes? Seria um profundo clamar de dúvidas requerido por todas as nossas ambições e vontades, paixões e dores, que nos remete a um passado ou lembrança que a tempo jazia inerte em mentes um tanto obscuras.
Pura tirania que prevalece por incessantes anos, décadas, gerações. Tal autoridade que não muda, não cede ao poder, apenas se fortalece a cada instante que uma lágrima de dor é derramada pelos submissos a tamanha e sádica opressão.
Que assim prevaleça então, a tirania poderosa dos sentimentos reprimidos. Guie a todos por seus caminhos de descobertas, falsas verdades e lágrimas, tal como o sofrimento é evidente pelo caminho, talvez ainda encontre-se resquícios de felicidade e talvez tais resquícios mudem a essência própria por toda uma vida e depois talvez ainda prevaleçam.

Andressa Liz

segunda-feira, 12 de março de 2012

Perpetuar


Eu sei que você não me pertence, nunca me pertenceu. Na verdade o que pertencia a outra pessoa era seu coração, tal como o meu lhe pertencia.
Continuo a amar-te mais do que posso amar, aprendi a não desejar-te mais cada vez que nossos caminhos se cruzam e seu cheiro passa por mim como uma suave fragrância de um veneno mortal, se eu me permitisse respirar.
Confesso que não aprendi a deixar de pensar nas caras alegres e bobas, de sorrir ao ver seu sorriso bonito e alegre, não deixei nada dos seus pequenos detalhes de lado, quando o observo, vejo, sinto cada um deles.
É verdade que deixei de desejar o que já não está ao meu alcance, mas você faz parte do meu cotidiano, das lembranças e do que guardo aqui dentro, nas melhores repartições de amizade. Amo teu olhar, teu cheiro, teu abraço, teu jeito alegre e meio bobo, amo tanto que foi assim que deixei de desejar tanto quanto eu antes desejava.
Não pense que minhas intenções são traiçoeiras, pois não são. Não pense que minhas esperanças talvez não sejam eternas, porque elas são. Não pense que o que carrego comigo é momentâneo e passageiro, ou que não é realmente verdadeiro, porque o que carrego comigo é contínuo, perpétuo e verdadeiro, sempre verdadeiro.

Andressa Liz

domingo, 11 de março de 2012

Deixe-se Levar


Deixe-se levar, pela luz, pelo som
Pela esperança, pela cor
Pelo cheiro exalado
Pela doçura do sabor

Deixe-se embebedar, de alegria de ternura
Deixe-se consumir, pelo riso, pela loucura
Exagere, as vezes se entregue e sorria
Seja livre, seja bela, seja clara como o dia

Deixe-se levar pelo tempo, pela melodia
Carregue-se de amor, riso e pura ousadia
Deixe que o vento nos campos açoite
Seja serena como a calada de uma noite
Permita o choro, que nem sempre é tristeza
Escute a Razão mesmo que não queira
Mas no coração, não faça da dor costumeira
Deixe-se levar, suave, de qualquer maneira.

Andressa Liz

domingo, 4 de março de 2012

Embriaguem-se


É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.

Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.

E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.

Charles Baudelaire

sexta-feira, 2 de março de 2012

Chorar não resolve


“Chorar não resolve, falar pouco é uma virtude, aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoismo. Para qualquer escolha se segue alguma consequência, vontades efêmeras não valem a pena, quem faz uma vez, não faz duas necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze. Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível. Quem te merece não te faz chorar, quem gosta cuida, o que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente, não é preciso perder pra aprender a dar valor, e os amigos ainda se contam nos dedos. Aos poucos você percebe o que vale a pena, o que se deve guardar pro resto da vida, e o que nunca deveria ter entrado nela. Não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar o passado, o tempo sempre vai ser o melhor remédio, mas seus resultados nem sempre são imediatos.”


Charles Chaplin.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Eu não mandava no que sentia


“(…) Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo. Simplesmente isso. Você, a pessoa que eu ainda vejo passando no corredor e me levando embora, responsável por todas as minhas manhãs sem esperança, noites sem aconchego, tardes sem beleza (…)”


Tati Bernardi.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Julgamento


“Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo. É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.”


Martha Medeiros

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Não se acostume


“Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário. Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas. Se achar que precisa voltar, volte! Se perceber que precisa seguir, siga! Se estiver tudo errado, comece novamente. Se estiver tudo certo, continue. Se sentir saudades, mate-a. Se perder um amor, não se perca! Se o achar, segure-o!”


Fernando Pessoa

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Meio Viva


Eu aprendi a viver, meio viva. As vezes é preciso, quando uma parte de nós morre, senão como suportaríamos viver o resto de nossas vidas?
São tantas culpas que carregamos, tantas palavras mal interpretadas em frases incompletas, em um livro cheio de histórias inacabadas, que no fim trata-se sempre de amor, de amizade, de tristeza, dor e felicidade.
São tantas dificuldades que suportamos, perante a tantas pessoas que não mereciam tal piedade e mesmo que não nos reste um resquício de paciência, nos resta um coração fragmentado.
Ando sobrevivendo de metades, nem o amor me torna inteiramente viva no momento, tal como a dor também não me torna inteiramente morta. Foge de meus conceitos entender o que se passa e a origem de todos os problemas, com respostas meio esclarecidas e dúvidas totalmente expostas.
E continuo vivendo a vida, ainda meio viva, esperando que algo me torne viva por completo, ou me mate por inteiro.

Andressa Liz

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Delírio


Às vezes, você parece tão distante que passo a acreditar que é um delírio diante meus olhos, escondido entre as nuvens desse céu imenso. Descubro seus passos na inocência do cantar de andorinhas que mapeiam meu horizonte, fazendo tatuagem na miragem dos meus dias. É insano pensar em você, respirar cada alcova de perfume exalado pelo seu corpo, ao mesmo tempo em que tento recitar os poemas minuciosos que eternizei no ás da ponta da minha língua. É curioso ser quando deveria apenas existir, mergulhar na insensatez dessa necessidade que nos povoa, nos centraliza na beira da estrada que não temos mais coragem de caminhar, de usar como saída. E ao fundo dos nossos mistérios, começa a surgir os primeiros sinais da lua, misturando-se com a minha solidão, transformando tudo em mera loucura.

Tropeços Poéticos - (indomável)

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Sou uma armadilha


“Como é que se espera alguém voltar do seu mundo particular se eu acabo, por conta de um medo absurdo, indo para o meu para não ter que ver você longe? Esperar o quê? A vida secar tudo, murchar tudo. Não quero viver a porra do momento como dizem. Me sinto o tempo todo uma inocente me debatendo nas paredes de uma piada de mau gosto. Só queria achar a saída e rir por último. Como se eu tivesse tamanho ou força pra peitar assim as coisas como elas são. Sou uma armadilha pra ratos. Sem queijo. O que me faz pensar que só atraio quem merece.”

Tati Bernardi

Esperar


“Ei, moço, vocês não tem aí um que me faça rir, me dê tesão, seja inteligente e tenha coração? Ah, e de preferência um forte, que não quebre tão fácil. E que venha com vários cartuchos de assuntos que é para eu não enjoar. Opa, e que tenha garantia, claro. A pior coisa são esses bonecos que a gente compra barato mas vêm sem nota. Tem não, moça. Esse tá em falta. Fizeram uma versão limitada e vendeu tudo no mesmo dia. Deixa seu nome ali na lista de espera que quando chegar a gente te liga. Meu nome já tá lá há 28 anos, moço. Mulher já nasce querendo um desses. Desculpa moça, vou ficar devendo. Tudo bem, eu já sabia. Mas já que é pra esperar sentada, me vê aí um modelo com o joystick bem grande.”

Tati Bernardi

Eu quero dar e ser luz


“… eu tinha — e tenho — um monte de coisas pra te dizer, aquelas coisas que a gente cala quando está perto porque acha que as vibrações do corpo bastam, ou por medo, não sei. Mas as coisas todas, externointerno, eram muito difíceis e escuras […] Eu não queria, eu não quero dar trevas, dor, medo, solidão — eu quero dar e ser luz, calor, amparo.”

Caio Fernando Abreu.

Garotas em série


“Eu não odeio mais as garotas em série e seus namorados em série, eu não odeio mais a sensação de que o mundo está perdido e as pessoas lutam todos os dias para se parecerem ainda mais com o perdido ao lado, se perdendo ainda mais. Eu não odeio mais quem cuida do corpo mas esquece da alma, quem cuida do cabelo mas esquece da mente, quem cuida da superfície mas faz eco por dentro, quem coloca um peito de silicone mas esquece de dar mais uma chance ao amor. Eu não odeio mais a galera feliz em pertencer a um mesmo barco que não vai a lugar nenhum. Eu só acho isso tudo muito triste e prefiro não ver.”


Tati Bernardi

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O olhar sempre entrega


Nunca lhe confessei abertamente o meu amor, mas, se é verdade que os olhos falam, até um idiota teria percebido que eu estava perdidamente apaixonado.”


"O morro dos ventos uivantes."

Eu sou o que 99% dos homens não gostam


“Eu sei que sou exatamente o que 99% dos homens não gostam ou não sabem gostar. Eu falo o que penso, abro as portas da minha casa, da minha vida, da minha alma. Basta eu ver o sinal de luz recíproca no final do túnel que eu mando minhas zilhões de luzes e cego todo mundo. Sou demais, tanto que ninguém aguenta. Ninguém entende nada. E eles adoram uma sonsa. Adoram. Mas dane-se. Um dia, um louco, direto do planeta dos 1% de homens, aparece.”

Tati Bernardi

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

(Des) Equilíbrio


Da forma como estou sendo esmagada agora, só desejava ver uma nova manhã novamente. Defrontar-me perante inescrupulosos e arrebatadores sentimentos sem permitir que qualquer lágrima desabasse de minha face. Até onde sei, novas manhãs nunca permitiram lisonjeiros desejos sem nos tomar todas as esperanças logo de cara ao analisar quão tolas seriam nossas definitivas e precipitadas escolhas.
Sim, tudo isso me esmaga, me esmaga porque sinto demais, porque respiro ares impuros impregnados de venenos moribundos e fatais, daqueles que suavizam e alucinam como droga e depois te levam ao chão em horas inesperadas.
O que seria essa euforia esmagadora que aperta sem medir esforços, que expande por todos os meio termos e completas dúvidas deixando aquele ar de sem saber o que fazer e sem saber o que se passa, nos deixando inertes presos à uma beira de precipício em desequilíbrio, bobos como equilibristas amadores em corda bamba que hão de cair a qualquer momento.

Andressa Liz

O que me fez pensar que talvez só amor bastasse?


O que me fez pensar que talvez só amor bastasse?

Talvez o fato de pensar: nossa, o amor! Ah, o amor... o amor é absoluto, nada supera o amor!
E quem sabe, talvez esse pensamento não esteja tão errado, mas aprenda tal como aprendi, o amor só é absoluto e invencível quando recíproco, o amor de apenas um nunca gerou felicidade e nunca foi o suficiente.
É uma lástima, tantas pessoas por aí cheias de amor pra dar, necessitando receber em troca e vivem sobrevivendo de esmolas, mas quem aguenta sobreviver de esmolas?
Não quero encarar o fato de poder te ver todos os dias e ter apenas um abraço, sonhar com você todas as noites sem poder tê-lo em meus braços, sentir tanto em troca de praticamente nada, revirar o estômago do avesso, atiçar as borboletas e deixar da mesma forma todos os dias.
E é isso, o amor só basta quando gera reciprocidade, o amor só é absoluto quando sincero e o amor só é insuperável quando simplesmente sentido e romperá barreiras sem medir esforços, transformará núcleos arruinados e servirá de fonte de alimento e vida aos sonhos apenas quando perdurar e demonstrar ser mais forte que qualquer regimento analiticamente científico.
Pode vir a ruir, deteriorar, consertar, cicatrizar, pode vir a ser o amor mais puro e sincero, mas que por si só nunca bastará.

Andressa Liz

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Não diga que ama, se não amas


“Nunca diga ”te amo” se não te interessa. Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem. Nunca toque numa vida se pretende romper um coração. Nunca olhe nos olhos de alguém se não quiser vê-lo se derramar em lágrimas por causa de ti. A coisa mais cruel que alguém pode fazer é permitir que alguém se apaixone por você quando você não pretende fazer o mesmo.”

Mário Quintana

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Presa dentro de mim


"por dentro eu sempre me persegui. eu me tornei intolerável para mim mesma. vivo numa dualidade dilacerante. eu tenho uma aparente liberdade mas estou presa dentro de mim."

Clarice Lispector

Loucos


Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam.

Jack Kerouac

Sou estação


Sou estação. Inconstante. Errante. Transbordo nos mares mais salgados. Mergulho nos oceanos mais vastos de teus olhares. Chovo no dia mais quente. Aqueço-me no dia mais gélido. Amo os seres mais errôneos. Acredito nas promessas mais fáceis. E permaneço assim, desabrochando na flor primaveril e morrendo no inverno mais frio. Sou o tempo que ninguém permanece. Talvez pela inconstância do clima, a impaciência de entender.

Rayssa

sábado, 28 de janeiro de 2012

Ímpeto da juventude


Talvez tão pouco fale o amor, perante a tantas exigências nada sensatas, diante de uma pilha de sentimentos consumados nada concretos, paixões aglutinados a discernimentos tão suavemente grotescos. Talvez rumo nenhum nos leve a escrever palavras bonitas em um texto tão amarrotado de ideias e concepções, quando o que se está em pauta não nos convém a entendimento algum.
Cognição de fato, apesar de tudo pode vir a calhar e também nos fazer desmoronar. Seja tristeza ou felicidade, talvez o ímpeto da juventude não nos torne tão vulneráveis diante desse transtorno e obsessão por sentimentos talvez irreais.
O que quis dizer, na realidade sem dizer nada, foi que de nada adianta precipitar gestos, apreciar o riso e silenciar a dor com vida vazia e atitudes em vão, que não nos cabe uma lágrima de felicidade em meio a um mar de sentimentos tristes sem razão ou sem devido merecimento.

Andressa Liz

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Noites conturbadas


Viram noites conturbadas de insônia, onde nada pode-se ter além de desejos que nos perturbam durante nosso sono, ao pensar que tudo seria mais fácil se não sentissemos, mas olha como a tristeza nos pega na madrugada, torna as lembranças mais lindas em dores consumadas, as palavras mais bonitas em veneno para os olhos, o amor mais verdadeiro em peso para suportar.

Andressa Liz

domingo, 15 de janeiro de 2012

Desencontro


Amor, falo com o conhecimento de causa e como quem já se perdeu procurando por reciprocidade. Não estou com dor de cotovelos, com mágoas e rancores, com raiva; não. Só estou cansado disto tudo, das minhas corridas por Ti, dos adeuses que tenho que dar-te a cada partida, dos choros que saem em forma de voz rouca e quase inaudível. Amor, hoje te digo que meus braços estão cansados de tanto peso que ando carregando e que meu corpo não responde mais as tuas tentativas, aos teus gritos, as tuas apelações; logo tu, que sempre fora tão consternado e tão fora de si, me vens agora com esta ajuda patética e este amor-que-não-existe; não meu bem, não me convencerás do teu amor, nem da tua atenção à mim. Hoje apenas te falo que meus pés voltaram para trás, meu peito recuou e minha alma estagnou-se na monotonia do amor perdido e do desencontro que tu me causaste.

Igor Pires

sábado, 14 de janeiro de 2012

Saudades


Saudade é assim, definha lentamente, revive lembranças até criar ilusões momentâneas, você olha para o lado e vê aquele sorriso lindo então você sorri também e num piscar de olhos a pessoa já não está mais lá, está bem longe de onde você está, mesmo não largando seus pensamentos por um segundo sequer.
Tempo e paciência sempre foram a chave que solucionava todos os problemas e ao mesmo tempo os causadores deles quando em desequilíbrio, vejam só, quanto mais tempo longe menos paciência nos resta, mais inseguros nos tornamos, mais falta sentimos, mais necessitamos, mais imaginamos e nos perdemos em nossos próprios devaneios.
Amar rompe todas as barreiras que o tempo ajuda a construir, nos toma aos poucos a paciência, mas no fim nos rendemos a nossas próprias esperanças, nos agarramos ao tempo, esperando que ele nos traga quem amamos de volta, e de fato, ele sempre trás, mesmo que isso custe uma vida inteira, no final sempre nos encontramos, talvez seja até outro começo. Sempre encontramos quem amamos dentro de nós, mesmo que fisicamente longe, entende? A questão é que não importa quão longa seja a distância, importa-se quão forte são os sentimentos.

Andressa Liz

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Sobre o verbo


Sou forte. Meio inflexível, meio anti-social, mas me resolvo bem.
Só não me pergunte de amor.
Esse não sei pra onde vai, nem de onde vem,
é o paradoxo de minha insônia.
Bebe-se dores e doçuras de uma fonte só.


Sobre o verbo. Marianna Correia.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Sustentar um coração vazio


Imagina só que vida chata se eu, ao invés de escrever um texto de amor, cheio de esperança, profundidade, dor, maluquice, tesão, estivesse escrevendo um texto assim: e ninguém é interessante e eu, pra ser sincera, não gosto de ninguém. Triste, muito triste. Chato. E pior do que tudo isso: anti-literário. Como é que um escritor vai se sustentar com um coração vazio? Mas chega. Hoje decidi que estou prestes a assumir meu coração vazio. Não decidi isso movida por uma grande coragem ou por um momento de iluminação. Nada grandioso aconteceu. Apenas sinto que dei um pequeno, quase imperceptível, passo para uma vida mais madura. Eu simplesmente não suporto mais pintar o céu de cor-de-rosa para achar que vale a pena sair da cama. Não posso mais emprestar mistério ao vazio, vida ao oco, esperança ao defunto, saliva ao seco. Não posso mais emprestar meus desejos para que pessoas se tornem desejáveis. E, finalmente, não posso mais inventar amor só para poder falar dele.

Tati Bernardi

Seguir em frente


“Algumas vezes, eu temo admitir, seguir em frente não quer dizer esquecer. Seguir em frente não significa deletar o número do celular e o nome da cabeça. Seguir em frente pode ser, apenas, decidir que a luta não vale mais a pena. E esperar. Ou, quem sabe, lutar mais do que nunca, até conseguir o que se deseja. Seguir em frente é perdoar e não lembrar mais. Seguir em frente é a coragem de apagar o passado, e ter em mente apenas o futuro.”

Ana F

Fluir


Em apenas algumas palavras eu gostaria de dizer que algumas pessoas que conheci nesse ano que acaba de passar simplesmente marcaram minha vida em diversas formas, fiz amigos que não vou esquecer e amores que vou guardar para o resto da vida, mesmo que não tenha dado nada certo. Já comecei a reparar nas mudanças, nos ventos novos que nunca havia sentido antes, as tempestades cada vez mais intensas.

Nada permanece o mesmo para sempre, tudo muda no final, antes do final, e mesmo depois do fim, continua a mudar. Algumas coisas são possíveis de perdurar durante muito tempo, um tempo quase que eterno, e o amor é uma delas. Desejos sempre mudam de foco, sentimentos mudam de intensidade, pessoas mudam, tudo a sua volta muda, você muda, você percebe que o certo nunca é o certo, mas você ainda o faz, você muda o certo tanto quanto a ciência muda suas teorias, você muda o amor, tanto quanto muda seus sentimentos de foco, você aprende a lidar com intensidades e a ser mais simples, talvez ainda intenso, mas de forma mais despreocupada, deixa as coisas fluirem enquanto passa o vento e disperçarem por aí, em cada canto.
Mas deixa... deixa perdurar os velhos amores e antigas lembranças, deixe a saudadade apertar e deixe as lágrimas caírem de vez em quando, afinal, nem tudo é riso e não irá encontrar apenas flores pelo caminho. Isso significa, vivencie cada momento e deixe doer as vezes, isso é viver, ser feliz é viver de forma mais despreocupada e se libertar, então viva e seja feliz, mas deveria saber que mesmo que se queria, não se pode viver feliz o tempo todo, você não pode jogar tudo pelos ares e deixar de se preocupar, mas viva, deixe os sentimentos perdurarem, deixe o tempo passar, deixe a vida fluir e mudar.

Andressa Liz

domingo, 1 de janeiro de 2012

Guarde na memória

O que eu realmente quero que você saiba é que não importa o tempo que passe, o que aconteça ou o que a vida nos ensine. Não interessa quem somos ou quem vamos nos tornar. O que vale é o que carregamos dentro de nós. E você, guarde isso na memória para todo o sempre, eu te carrego junto comigo todos os dias.

Clarissa Corrêa