segunda-feira, 30 de abril de 2012

Confusão


Confusão seria apenas uma palavra que não descreveria ao certo o que se passa em meus pensamentos, loucura, mera loucura. sinto-me culpada por erros que precedi e sucedi , prisioneira de meus devaneios inconsequentes e de outros olhos eloquentes que atarracaram minhas já incertas decisões.
Devo me dar ao luxo de uma certeza imensa que ascende dentre as penumbras e falhas tentativas de mascarar os fatos, devo entregar-me ao que flui incessantemente e o fiz.
Admito que a pressa seja o maior erro, que as certezas vem com o tempo, que quando se é certo, deve-se abertamente expor, e novamente o fiz, mas já com a incerteza de que não seria outro erro e sim um alívio precipitado.
O tempo nos ensina, o conhecimento é adquirido com o tempo, os sentimentos crescem com o tempo, o que flui pode e pode não ser perene, quando é, sabemos... e agora tenho minhas certezas e embora as dúvidas não passem de medos, o maior deles continua sendo o medo da dor e da destruição.

Andressa Liz

domingo, 29 de abril de 2012

Não busque entender minhas metades



E enquanto você me falava coisas bonitas, eu sentia um aperto no corção, talvez por ser mais do que eu esperava.

Não sou sempre fofa, amável ou meiga, posso ser fria, intensa demais, inconsequente e até mesmo demasiadamente pessimista e inconstante.
Não busque entender minhas metades e é em vão entender-me por inteiro, busque apenas sentir com a alma o mais belo dos sentimentos da forma como também posso sentir, tenha certeza do bem que me faz, mas jamais tenha certeza por minhas palavras ou por meus sentimentos, como eu disse, eles são demasiadamente pessimistas e inconstantes.

Andressa Liz

terça-feira, 24 de abril de 2012

Medo

Ora mundano, ora permanente, ora indecifrável, ora invariável, ora nos indica receio, ora nos indica anseio e tendo como sua ênfase o pavor, oriundo de vivência, experiência, incerteza.
Mas medo de quê? De tudo que não nos convém ou que em incessante crescimento nos trás desespero, de amar, de sofrer,  a sujeitar-se, impor-se, criticar-se, de ser.
Mas de ser o quê? De ser aquilo que é, aquilo que foi, aquilo que será e aquilo que querem que seja, de moldar-se, formar-se, desformar-se, de necessitar e não ter.
Mas não ter o quê? O necessário para se viver, dinheiro, riqueza, o poder. Ou no caso dos valores mais intrínsecos, o amor, o conhecimento, a própria e dita felicidade ou até mesmo a experiência, a vivência, a vida.
E o que me diz da vida? A vida é seu próprio conjunto de experiências, realizações, é viver por você, viver por amor, viver para quase morrer várias vezes, viver da alma. É viver para ter, viver para ser e viver para ter medo e assim vencê-lo quando for preciso.

Andressa Liz

terça-feira, 10 de abril de 2012

É fácil


"É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."

Fernando Pessoa

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O que falta agora


Sabe o que falta agora? Seus lábios nos meus, seu abraço terno e apertado, seu sorriso lindo e seu jeito todo fofo e convidativo, agora você me tem nas palmas de suas mãos. Como não tenho paciência, não quero esperar um dia ou dois para te ver, quero que você esteja comigo em cada minuto, quero você apenas para mim.
Pode me chamar de carente, possessiva, ciumenta, mas acima de tudo sou uma apaixonada.
Não vou mais esperar pela sua boca tão convidativa, nem o marcante cheiro do seu perfume, não vou mais resistir a apenas um abraço nas despedidas, quero você agora.

Andressa Liz

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Veracidade


As pessoas enganam, e enganam muito bem. Não é possível confiar na maioria dos sorrisos, dos beijos, dos abraços. Não se pode confiar no aconchego das palavras mais bonitas ou dos elogios mais agradáveis.
Conforme o tempo passa, as pessoas se habituam cada vez mais à sentimentos falsos, às ditas mentiras, se entregam ao superficial e esquecem-se do verdadeiro, daquilo que elas realmente sentem.
Poupe-me de metades, superficialidades ou palavras meio certas ou meio incertas, é tudo ou nada. Não me importa aquilo que é superficial, não me importa o mais belo elogio ou a crítica mais fútil quando ditos da boca pra fora.
Portanto se sente algo, sinta com o coração, sinta a veracidade dos seus sentimentos. Não se entregue a todos ou a alguém pela metade, entregue-se à quem julga merecer, mas apenas entregue-se se estiver certo de que é real o que se sente. Prefiro que as pessoas engulam sua mentira, falsidade e superficialidade, que abram a boca para falar sinceridades e que também não apenas falem, como também provem que é verdade aquilo que dizem com ações e atitudes.

Andressa Liz