segunda-feira, 1 de abril de 2013

Fogo


Não fique bravo querido
estarei aqui ao amanhecer,
não sou sua e nem de ninguém
Mas hei de um dia ser.

Serei sempre desgarrada sem algum corpo que me prenda?
Ou um coração que me liberte
Além de um fite ou flerte
Ou algo que me surpreenda.

Não me culpe pela liberdade, não sou como pássaros em gaiolas
Não entendo nem o que sou
Não sobrevivo de esmolas
Nem sei bem para onde vou, mas são muitas as histórias.

Vivo intensamente em cada sonho aparente
Misturo desejos em minha mente e ainda consigo sorrir
Mesmo descontente.

Posso ser rima ou afeto,
Na sutileza de um riso, meio que discreto.
Não tenho conserto para o que sou
Sou metades, sou ardor,
como arde o fogo inquieto

Não fique bravo meu querido,
Ainda me recupero de um coração ferido
Sou intensa enquanto sou
Mas hoje o tempo já levou
E já paguei o pior castigo.


Andressa Liz

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