domingo, 15 de setembro de 2013

Aquela noite

Naquela noite tudo que eu pude ver era o contraste das luzes com as nossas sombras,
elas andavam pela calçada,
de mãos dadas.
E da noite calada ascendia uma meia lua,
o céu estrelado, ofuscado pela tua ternura.
O vácuo extenso na superfície onde eu pisava
tornou-se infinito em meus sentimentos.
Eram momentos...
efêmeros,
marcados pelos meus exageros,
fugazes, porem verdadeiros.
As sombras dançavam e diminuíam ao longo dos passos
precisos em seu descompasso,
sumiram,
estávamos quase sós.
O que entre nós ecoava era o som das nossas palavras
e os carros do viaduto,
e por um minuto eu percebi que estava ali
escrava do tempo que nos esgotara
ao mesmo tempo em que o semáforo parava os carros.
Tive de ir embora,
Imersa em pensamentos,
mesmo sabendo que em outra hora
te veria novamente.
O tempo era curto, porém infinito
e entre o silêncio - o meu grito
inaudível
o amor surdo, impossível.

Andressa Liz


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