domingo, 8 de setembro de 2013

Ablepsia capitalista

Deseja-se mais
Sonha-se menos
Consome-se mais
Pensa-se menos.

São deixados para trás,
Ideologias e pensamentos
Desmanchados pelo vento,
presos em gaiolas
E ainda pelas ruas,
pedindo por esmolas.

Peles nuas noite a fora
Olhares tristes de jovem senhoras,
Desesperançosas,
Clamando a igualdade que o dinheiro devora.

Lágrimas escorrem pelos rostos de crianças
Que ainda sem ter o que comer
esquecidas,
Marginalizam suas esperanças.

Enquanto ricos que desejam ainda enriquecer
Padecem sob a mais severa pobreza,
Os jovens crescem sem crescer ou ser
Alienados em suas próprias certezas.

Seria possível a liberdade
da ostentação do preconceito,
Acreditar na sociedade
Robotizada desse jeito?

Os cegos não entendem que a mudança está em nós
Em mudar a mísera rotina
Lembrar do mendigo da ponte e da moça da esquina
Abrir os olhos para ver
que não estamos
sós.


Andressa Liz

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