quinta-feira, 22 de maio de 2014

Matar um pouco de nós

As vezes certas coisas precisam ter um fim
mas apenas
dentro de nós.
Evitar excessivas decepções particulares
e abrir novas janelas para apreciar o entardecer
Há tanto da vida lá fora que deixamos de prestigiar
por nos prendermos tanto dentro de nossas próprias angústias,
amarguradas escuridões.
Há tanto o que imaginar que poderíamos conhecer
mas o que realmente conheceríamos será outra coisa
Tal como há tantos problemas insolúveis e pertinentes
Criados pelas nossas maiores frustrações,
que não colaboram com mais nada e já não mais nos fortalecem.
Estes deveriam morrer...
E apenas essa morte é válida,
matar um pouco de nós para que isso não nos mate um pouco cada dia.
O que vive noutro já não nos cabe avaliar ou sentenciar.
Mas de nossas tristezas sabemos bem
E apenas esse sentir é suficiente para nos manter vivos.

A morte e a vida são opostas amigas que andam lado a lado.


Andressa Liz


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