sábado, 9 de agosto de 2014

O Silêncio

Nada mais que um
agudo de dor,
transtorno em vão,
suplício na alma
Vejo a mentira nos nossos olhos
enganar os espelhos
mas tirar-nos a calma
e trair-nos os beijos,
no lacônico furor da despedida,
os claros desejos da noite
enquanto escura desmedida
pedem por silêncio.
Observo a traição dos meus olhos
no reflexo vazio da lástima
pesar concreto de lágrima
a estatelar muda no chão.
O reflexo nos teus olhos
era o fogo ardendo em mim,
agrura de paixão.
É silencioso, o fim.
Silêncio.




Andressa Liz

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