sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Minha Vida Como Liz - Cap. 4


Capítulo IV

Foi no final do 1º ano que falei com ele pela primeira vez, acredite não foi por iniciativa própria, talvez o meu destino tivesse dado um empurrãozinho pra me ajudar, mas é lógico que ele não faz isso a toa e com certeza as coisas pioram depois, por isso eu odeio o destino.

O 3º ano, que era a turma dele, teve de organizar uma palestra sobre DSTs e prevenções, então parece que o público alvo era o 1º ano, não me toquei muito na hora, mas pelo que vi a palestra ia ser algo grande e havia uma semana de preparação na escola à tarde, onde as turmas estavam organizando as coisas, eu estava lá por coincidência organizando o meu trabalho com o meu grupo, e acabou coincidindo com a organização da palestra do 3º ano, terminado o nosso trabalho eu o vi organizando uns textos e cartazes e me surpreendi, não o esperava ali, simplesmente quando vou caminhando dou de cara com ele, sim quase trombei com ele e falei desculpas meio apressadamente, essa foi a primeira vez que falei com ele e ele me dirigiu um olhar diferente, era estranho e calado voltou-se para frente e continuou andando, mas nunca na minha vida eu esqueci aquele olhar.

No dia da palestra ele não apresentou... e no final da aula eu o vi parado sentado no banco do pátio olhando pro nada, foi aí que algo veio a minha mente, se não fosse aquela hora, não seria nunca e sem que eu pudesse resistir, os meus pés já estavam caminhando em sua direção e quando tomei consciência dos meus atos diria que era tarde demais.

Eu fiquei realmente nervosa na hora, e vocês nunca vão entender o significado de nervosismo até que você esteja realmente nervoso e sem pensar por mim mesma minha boca já pronunciava uma frase interrogativa sem que meu cérebro ordenasse - Porque você não se apresentou? - depois que minha boca perguntou isso o meu cérebro ordenou que eu a mordesse pra nunca mais perguntar algo tão estúpido assim. Ele parou de olhar para o nada e se virou pra mim. Sua expressão era fria e sincera, parecia o tipo de pessoa que não mentiria no que dissesse e se naquela hora ele tivesse dito que me amava havia tempo, eu acreditaria, mesmo sabendo que isso não passava de um desejo estúpido meu.

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