Nunca fui boa em desenhar retas e rotas, listas ou metas.
Sempre estou a deriva ou a mercê da vontade do mar
Ou da vontade de amar, cada dia algo diferente
Não suporto metades
Nem fantasias,
Nem pessoas em demasia.
Não carrego fé dentro de mim,
Mas deposito nas coisas mais triviais da vida.
Sinto-me constantemente buscando algo e também constantemente perdida.
As vezes olhar através da janela me consola,
As vezes as noites virando dias me destroem,
Tentar fechar os olhos nunca funciona
Eu sei que não sou capaz de acalmar as chamas que me consomem.
Hoje sei que viradas do tempo são apenas os ponteiros do relógio
Anunciando uma finitude pontual
E ainda assim me dói tanto...
Mesmo eu sendo mais paciente que ontem
Não saber esperar, sempre foi o meu mal.
Carrego esperanças em algo que eu desconheço
Apesar de buscar estar sempre certa,
talvez espero mais que tudo estar errada a respeito de mim mesma.
A verdade é que nessas buscas encontro apenas desespero,
Pois tenho medo de não ver o futuro, ao mesmo tempo em que sou grata por ser impossível de prevê-lo.
As vezes não é necessário apertar o passo quando mais sinto necessidade de correr.
As vezes não é preciso ocupar um espaço
Ou buscar algum porquê.
Digo todas essas coisas pra mim, mas tenho uma imensa dificuldade em entendê-las,
Espero que a esperança baste para me manter adiante
E que nessa desordem constante
perdurem as coisas efêmeras.
Andressa Liz
segunda-feira, 12 de setembro de 2022
terça-feira, 26 de novembro de 2019
Maybe
The
winds have not changed
Sometimes
i think more than do
Actually,
it happens more than I think.
I
just want to vanish
But
there stands you and the future
And
it’s really hard
Letting
this all go
Without
a single try.
But
when I want to
I
feel like all doors close
Behind
me
And
I am alone
Not
lonely
but
A
l o n e.
I
think I dont belong here
In
this kind of world.
I
was not made to do this
it’s
freaking scary
And
this idea frightens me
To
Death.
But
then I think again
That
I should at least try
And
this process is interminate,
Maybe
someday I learn
How
to be here
Or
maybe someday
I
am not here
anymore.
anymore.
terça-feira, 4 de setembro de 2018
Quando
Quando busco vaga-lumes
Sou escuridão
Quando quero flores
Vendável
Se me cantam num canto
Fico surda
se pedem lógica
Sou animal.
Quando incomodo
Sou floresta,
selvagem,
Canibal.
Mas à mesa
Me comporto,
Sou janta e almoço
Gozo e desgosto
Da civilização.
Se me permito
Sou anarquia
Morte
Distopia,
Se não viro caramujo
sou barata,
Bicho sujo.
Me chamam poesia
sensibilidade, harmonia
Mas sou Atlas
escrava do mundo
Sou a Cruz
E vagabunda,
santa e imunda.
Pois,
Quando querem brisa
Sou ventania
Chamam-me rosa,
Mas também sou espinho.
Sou início
Campo de guerra
sangue
corpo
terra
corpo
terra
e ninho.
Quando preciso, sou aurora
Quando canso, anoitecer
Quando choro, alvorada
Quando sou,
Mulher.
Andressa Liz
Andressa Liz
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
Viena
Hoje escutei Viena do Billy Joel,
e me doeu,
pois eu sabia que falava de mim.
Acontece de nos apaixonarmos
por lugares onde nunca estivemos.
Eu sou apaixonada por Viena
e Viena é o futuro
que me assombra.
Mas como ele já dizia,
Você não pode ser tudo o que deseja
antes do tempo.
Ciente disso, sangro.
Viena me espera.
Andressa Liz
e me doeu,
pois eu sabia que falava de mim.
Acontece de nos apaixonarmos
por lugares onde nunca estivemos.
Eu sou apaixonada por Viena
e Viena é o futuro
que me assombra.
Mas como ele já dizia,
Você não pode ser tudo o que deseja
antes do tempo.
Ciente disso, sangro.
Viena me espera.
Andressa Liz
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
Ao seu lado
Não sei se você percebeu
mas ontem a noite eu chorei
muito
e meu sorriso tentava esconder
a cratera que o mar de lágrimas
deixara em meu rosto.
Hoje vivo
na esperança de dias melhores
e o amanhã que tanto me sufoca
é o mesmo que me mantém
aqui,
ao seu lado.
Andressa Liz
mas ontem a noite eu chorei
muito
e meu sorriso tentava esconder
a cratera que o mar de lágrimas
deixara em meu rosto.
Hoje vivo
na esperança de dias melhores
e o amanhã que tanto me sufoca
é o mesmo que me mantém
aqui,
ao seu lado.
Andressa Liz
domingo, 13 de agosto de 2017
Almas durante a noite
O cantar de pássaros não me agrada mais
nem o cheiro de café recém feito
ou o passar dos dias e banhos de luar
sonhos que a muito tempo ficaram para trás
São dolorosos os caminhos estreitos
e a ansiedade que me aperta o peito
não são como as calorosas borboletas a habitar meu estômago
em dias que mal consigo recordar
Queria que os meus sorrisos transcendessem ao anoitecer
e sentir os calafrios do proibido
porque hoje nem mesmo a maior ternura que imagino me atrai
como são pássaros, café fresco e a chuva que espero bater no telhado
As músicas do cotidiano carregam a melancolia
que tinge de preto e branco os meus dias
E com o pesar de quem ama
ou amava a vida
tento sobreviver a esses tempos
de loucura desmedida.
Andressa Liz
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
Libélulas
Sempre que estamos
À beira de um
Precipício
As palavras nos libertam
Daquilo que não se pode nomear
Com o nosso tão vasto vocábulo
E por isso encontro libélulas na madrugada
Ágeis como a conexão entre imagem e palavra
Já que os sentimentos, quando assim os chamamos,
Não existem.
Escolho libélulas, então.
Andressa Liz
À beira de um
Precipício
As palavras nos libertam
Daquilo que não se pode nomear
Com o nosso tão vasto vocábulo
E por isso encontro libélulas na madrugada
Ágeis como a conexão entre imagem e palavra
Já que os sentimentos, quando assim os chamamos,
Não existem.
Escolho libélulas, então.
Andressa Liz
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