O silêncio do indizível fala tanto quanto as palavras do texto ou a narrativa das imagens. Como em um toque de lábios, troca de olhares, abraços, aperto de mãos. A linguagem palpável é do desejo de estar perto ou da obrigação de parecer estar perto. O silêncio que teima existir afirma nesse exato momento que há muito para ser dito. Contudo o silêncio é tão contraditório que alega ser o que não é, enquanto omissas, as palavras ainda falam. Quando se vive dentro da linguagem, nem mesmo a prevalência do não dito nos permite a sensação de liberdade.
Andressa Liz
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