domingo, 9 de fevereiro de 2014

Adieu

Há diálogos, há pessoas, há noites, há sentimentos que deveríamos poder simplesmente apagar dentro de nós. As coisas maravilhosas que vivenciamos adoram contribuir para nossa destruição futura. Não deveríamos nos apegar tanto a lembranças, são elas que podem facilmente nos destruir. O que daquilo foi real? O que ainda é real?
As ruas são quietas à noite. A memória fala mais alto. O vazio se estende pelo horizonte de concreto, há um farfalhar de árvores.
Cresce em mim uma vontade absurda de partir. Partir e nunca mais voltar. Mas eu voltarei. Talvez, talvez eu volte. As lembranças andam comigo por qualquer estrada ou avenida. Os rostos conhecidos estão se misturando e se perdendo em cada janela, em cada prédio. As vozes não cantam, gritam em uníssono a cada quarteirão ou esquina que passo. Adeus!

Adeus...


Andressa Liz

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